A vistoria de entrada é uma etapa crucial no processo de locação de um imóvel, tanto para locatários quanto para proprietários. Esse procedimento garante que todas as condições do imóvel, sejam elas estruturais, elétricas ou estéticas, estejam documentadas antes da entrega das chaves.
O objetivo principal é assegurar que ambas as partes estejam protegidas de eventuais disputas no futuro, especialmente em relação a danos ou manutenção.
Neste blog post, vamos abordar em detalhes o passo a passo para realizar uma vistoria de entrada eficaz, o que deve ser observado, como documentar adequadamente as informações e as normas relevantes que regulam essa prática.
Qual a importância da vistoria de entrada?
A vistoria de entrada é o ponto de partida para uma locação tranquila e sem problemas. Quando realizada de maneira adequada, ela oferece uma visão clara e objetiva do estado do imóvel, facilitando comparações no momento da vistoria de saída.
Para o locador, é uma forma de proteger o patrimônio, garantindo que qualquer dano causado durante o período de locação seja identificado. Já para o locatário, é a melhor maneira de evitar ser responsabilizado por problemas preexistentes.
Além disso, com o aumento das locações por meio de plataformas digitais e a alta rotatividade de inquilinos, a vistoria tem se tornado ainda mais relevante. A não realização desse processo pode resultar em disputas judiciais, causando desgaste emocional e financeiro para ambas as partes envolvidas.
Quem é responsável pela vistoria de entrada?
A responsabilidade pela vistoria de entrada é, geralmente, da imobiliária, uma empresa intermediária envolvida, ou do próprio proprietário, em casos de locações diretas. No entanto, a participação do locatário é essencial.
Idealmente, a vistoria deve ser feita com a presença de ambas as partes para que todos os pontos possam ser observados e acordados. Quando isso não é possível, o locatário deve receber um relatório de vistoria detalhado, elaborado pela imobiliária ou proprietário, e ter um prazo para revisá-lo, assinalando qualquer ponto divergente.
Esse relatório será a base para comparações futuras, especialmente no momento da devolução do imóvel, quando será realizada a vistoria de saída.
O que observar na vistoria de entrada?
Existem diversos aspectos que devem ser verificados durante a vistoria de entrada. A seguir, listamos os principais pontos que devem ser observados para garantir que o imóvel está em boas condições:
Estrutura e condições físicas
- Paredes e tetos: verifique se há rachaduras, infiltrações, bolhas ou manchas de umidade. Fissuras podem indicar problemas mais sérios, como movimentação de fundação ou infiltrações graves;
- Pisos e revestimentos: inspecione se há rachaduras, desníveis ou azulejos soltos. Em imóveis com pisos de madeira, observe se há sinais de cupim;
- Janelas e portas: certifique-se de que todas as portas e janelas estão abrindo e fechando corretamente, além de verificar a presença de trincas ou ferrugem nos vidros e ferragens.
Instalações elétricas
- Interruptores e tomadas: teste todos os interruptores e verifique se as tomadas estão funcionando corretamente. Certifique-se de que estão bem fixadas na parede e de que não há sinais de sobrecarga;
- Quadro de luz: verifique o estado do quadro de luz e se todos os disjuntores estão devidamente identificados.
Instalações hidráulicas
- Torneiras e descargas: teste todas as torneiras, registros, sifão, chuveiros e descargas. Verifique se não há vazamentos ou entupimentos;
- Caixas de esgoto: inspecione se há mau cheiro, que pode indicar problemas na rede de esgoto.
Equipamentos e móveis
Se o imóvel for alugado com móveis ou eletrodomésticos, faça uma vistoria detalhada em cada item em diferentes ângulos. Teste aparelhos como fogão, geladeira e ar-condicionado registrando fotos e vídeos. Verifique também o estado dos móveis, procurando por arranhões, amassados, lascas ou outros sinais de desgaste.
Como documentar a vistoria?
Para registrar e documentar adequadamente os resultados da vistoria de entrada, é essencial elaborar um laudo detalhado, que será anexado ao contrato de locação ou compra e venda. Esse laudo deve incluir descrições precisas, fotos e vídeos de todos os cômodos e itens inspecionados, mencionando o estado de conservação de cada um dos elementos que compõem o imóvel.
Em caso de divergências ou contestações feitas pelo locatário ou proprietário, é recomendável complementar o laudo com descrição, fotos e vídeos, que podem documentar possíveis discrepâncias ou condições específicas do imóvel. Esses registros visuais são fundamentais para respaldar o laudo escrito e evitar disputas futuras.
Após o período de análise estabelecido, durante o qual ambas as partes podem revisar o laudo, será gerado o laudo final, contendo todas as informações detalhadas, inclusive eventuais considerações feitas pelas partes. Essas observações devem ser devidamente registradas e anexadas ao laudo como complemento, garantindo total transparência e clareza no processo de vistoria.
Quanto custa uma vistoria de entrada?
A vistoria de entrada é um serviço essencial para quem deseja alugar ou comprar um imóvel com segurança. No entanto, muitas pessoas têm dúvidas sobre o custo desse processo. O valor de uma vistoria de entrada pode variar dependendo de vários fatores, como por exemplo:
- Tamanho do imóvel: imóveis maiores, com mais cômodos ou áreas externas, tendem a exigir um tempo maior de inspeção, o que pode aumentar o valor do serviço. Apartamentos pequenos podem ter um custo inferior se comparados a grandes casas ou imóveis comerciais.
- Complexidade da vistoria: quanto mais detalhada for a vistoria, maior pode ser o custo. Imóveis mobiliados, por exemplo, exigem uma verificação minuciosa dos móveis e eletrodomésticos, o que encarece o processo. Além disso, propriedades com sistemas elétricos e hidráulicos mais complexos também demandam uma análise mais técnica.
- Localização: a localização do imóvel pode influenciar o custo da vistoria. Nas grandes capitais ou em regiões com alta demanda de locação, os preços tendem a ser mais altos devido ao custo de vida e à demanda por serviços especializados.
- Profissionais especializados: contratar uma empresa ou vistoriador especializado pode garantir um laudo mais técnico e detalhado, mas o custo pode ser superior ao de vistorias realizadas de forma mais simples. Empresas especializadas geralmente oferecem pacotes completos, que incluem relatórios fotográficos e até mesmo vídeos, o que justifica o valor mais elevado.
Média de valores
O preço de uma vistoria de entrada pode variar bastante, mas de forma geral, os valores costumam ficar entre:
- Imóveis residenciais pequenos: entre R$ 80 e R$ 500.
- Imóveis residenciais grandes ou com mobília e muitos detalhes: entre R$ 500 e R$ 1.000.
- Imóveis comerciais: entre R$ 500 e R$ 1.500 conforme características do imóvel.
Esses valores são uma média de mercado e podem sofrer variações de acordo com as características do imóvel, sua mobília,a complexidade do serviço e também da empresa contratada.
Na B.House os valores são bem abaixo dos citados acima, entre em contato conosco e saiba mais.
Vale a pena investir em uma vistoria de entrada?
Embora a vistoria de entrada represente um custo adicional na locação ou compra de um imóvel, ela pode evitar problemas futuros que poderiam sair muito mais caros.
O investimento em uma vistoria detalhada garante maior segurança jurídica e evita surpresas desagradáveis no futuro, sendo um custo que vale muito a pena, especialmente quando comparado com os transtornos e possíveis despesas que podem surgir caso o imóvel não seja devidamente vistoriado.
Com a disputa por imóveis na prateleira, esta estratégia irá assegurar uma excelente relação entre sua imobiliária a o proprietário do imóvel, bem como, com o inquilino, pois assegura todas as partes envolvidas.
Quais são as vantagens de fazer uma vistoria de entrada?
- Proteção contra problemas futuros: garante que o inquilino não será responsabilizado por danos preexistentes e que o locador receberá o imóvel nas mesmas condições em que foi entregue.
- Transparência entre as partes: o laudo detalhado assegura clareza entre locador e locatário, reduzindo a chance de mal-entendidos.
- Registro formal das condições do imóvel: o laudo, com fotos e descrições, serve como prova em caso de disputas, facilitando o processo de devolução.
- Identificação precoce de problemas: detecta defeitos ou questões estruturais que podem ser corrigidos antes da ocupação.
- Planejamento de reparos: o locador pode organizar consertos antes da entrega ao inquilino, garantindo a boa condição do imóvel.
- Segurança jurídica: o laudo assinado oferece respaldo legal em caso de litígios sobre o estado do imóvel.
- Aumento da credibilidade no mercado de locação: proprietários e imobiliárias que realizam vistorias ganham mais confiança e profissionalismo no mercado.
- Prevenção de gastos inesperados: locadores evitam custos com reparos inesperados, e inquilinos se protegem de arcar com danos que não causaram.
Quais são as principais normas que regem a vistoria de entrada?
A vistoria de entrada está respaldada pela Lei do Inquilinato (Lei nº 8.245/1991), que estabelece que o locador deve entregar o imóvel em estado de servir ao uso a que se destina e que o locatário deve devolver o imóvel nas mesmas condições em que o recebeu, salvo os desgastes decorrentes do uso normal.
Além disso, a NBR 15575 da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) estabelece parâmetros de desempenho para edificações habitacionais, que podem ser utilizados como referência para a avaliação de certos aspectos do imóvel, especialmente no que diz respeito à estrutura e sistemas elétricos e hidráulicos.
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